Cumprindo com as premissas exigidas pelo concurso, na criação de uma unidade de saúde pública, com capacidade de resposta para cerca de 15.200 utentes e 27 funcionários, foi criado um edifício cujo conceito é suportado pela simplicidade e funcionalidade, procurando providenciar a humanização do espaço físico-clínico.
Atendendo à parte funcional, a maior parte do edifício tem acesso pelo piso rés-do-chão.
A receção funciona como âncora que distribui para as duas áreas clínicas, que se dividem em dois circuitos interligados, garantindo um bom funcionamento do espaço, dos fluxos e da gestão dos recursos. Este volume único é interrompido por dois pátios, um deles destinado à prática de atividades exteriores, com uma extensão à sala de movimento.
O segundo pátio, pensado de forma mais contemplativa, permite a iluminação e ventilação natural dos gabinetes.
A implantação de árvores de folha caduca, permite uma gestão térmica positiva, criando sombreamento do espaço em épocas mais quentes e iluminação em estações mais frias.
Apesar da austeridade arquitetónica formal pelo uso de grandes superfícies lisas, marcadas por uma sistematização de vãos de forma ritmada, a introdução de ângulos e a marcação de entradas recuadas e abrigadas, conferem a leveza que se pretende para o edifício.
O uso dos materiais mais naturais, como a pedra e a madeira contrastam com os materiais mais rígidos, como o betão e o metal.