A acção de separar e dividir a arquitectura, produz efeitos dramáticos.
É capaz de induzir ligações fortes, criar novos focos ou perspetivas e revelar novos espaços com novas vivências. A Moradia DL introduz um jogo de cheios e vazios, pesado e leve, suave e texturado, o que resulta, também, numa conexão intensa com a envolvente.
Localizada num terreno maioritariamente agrícola, estreito e com constante movimento de máquinas agrícolas, surge a necessidade de fechar a casa em si própria.
Esta casa é composta por uma única massa, que é recortada, criando pequenos pátios e espaços de acesso ou permanência, mantendo sempre um fio condutor. Adicionalmente, esta caixa funciona como um espaço de transição, já que paradoxalmente se transforma num espaço aberto à envolvente mantendo, contudo, a sua aura de intimidade.
Na base do edifício é aplicada pedra, de modo a proteger fisicamente do ambiente agrário e também, como modo de contraste, notabilizá-lo. Esta mistura de materiais, pedra, madeira, betão, cerâmica e vidro, são combinados para criar uma colagem rica de texturas e padrões.